Ruptura de estoque: como ela pode prejudicar o seu negócio

Você com certeza já se deparou com a situação de ir em um supermercado à procura de um produto específico e quando chegou lá, esse produto estava em falta. Isso é a ruptura de estoque. Esse problema, ainda enfrentado por empresas de diversos segmentos, é o nosso assunto de hoje.

Vamos entender porque a ruptura de estoque acontece, quais as consequências disso para o seu negócio, e principalmente como evitar esse problema.

Para saber mais, continue nessa leitura conosco!

Tipos de ruptura de estoque

Sim, existem diferentes tipos de ruptura de estoque! E cada um desses tipos reflete em diferentes questões que precisam ser resolvidas dentro do seu negócio. Veja:

   Ruptura de exposição:

É quando o produto está disponível no estoque da empresa, mas não está nas prateleiras das lojas.

   Ruptura fantasma:

Parece estranho, mas faz sentido: Ruptura fantasma é quando o produto existe no estoque e nas lojas, mas devido à desorganização dos pontos de venda (PDVs), o produto não é encontrado pelo cliente interessado.

   Ruptura de abastecimento ou de compra:

Simples: É quando falta o produto no estoque. Seja um sapato de uma cor ou tamanho específico na loja de roupas, uma marca de refrigerante num supermercado ou uma marca X de um celular numa loja de eletrônicos.

   Ruptura de cadastro:

Também muito simples: O produto está disponível para o cliente, mas não foi devidamente cadastrado/precificado.

Por que acontece a ruptura de estoque? Como identificar o tamanho do problema?

Em poucas palavras: A ruptura de estoque aponta imediatamente para uma falha na reposição do inventário e significa, claro, redução no número de vendas. Essa ruptura acontece devido a problemas na gestão de estoque, uma responsabilidade do gestor do negócio.

De modo geral, os principais fatores para gerar esse problema são: Falta de planejamento, falta de organização, e erros na gestão de compras.

A ruptura de estoque também pode acontecer por erros em outras etapas da cadeia de produção, como nos centros de distribuição e na obtenção de matérias primas.

Abaixo, vamos ser mais específicos, trazendo possíveis causas para a ruptura de estoque:

    Problemas no ciclo de reposição:

         1) Problemas na distribuição dos produtos acontecem:

                   a) Por erros nas rotas de distribuição e nos veículos utilizados.

                   b) Pela falta de funcionários encarregados para essa etapa do gerenciamento.

                 c) Em um negócio com várias filiais, e uma das lojas recebe a quantidade errada de produtos. O estoque fica desfalcado ou outras filiais ficam com estoque em excesso (o que, por si só, já pode causar outros problemas!).

        2) Compra de produtos sem considerar o tempo (ou a quantidade necessária) de fornecedores:

                  Isso pode fazer com que o produto fique temporariamente em falta, até ser entregue nas lojas. Ou seja, causando atrasos no fornecimento e transferência de produtos;

     Problemas de planejamento:

        1) Impacto de promoções que não são devidamente avaliadas, fazendo com que certos produtos acabem antes do esperado;

         2) Assincronia entre os dados de venda e o processo de compra dos produtos;

         3) Um estoque mal dimensionado, em que o plano de demanda é subestimado;

     Problemas no processamento de pedidos:

         1) Pedidos e produtos com erros de cadastro, dados de estoque imprecisos;

         2) A falta de um sistema eficiente de integração de dados no qual seja possível avaliar os níveis de indústria e varejo de forma simultânea, alinhando os planos de demanda e produção;

Com um sistema de integração de dados eficiente, é possível quantificar facilmente o nível da ruptura de estoque.

Identificando o tamanho do problema.

Para estimar o índice de ruptura, podemos utilizar a seguinte equação:

Índice de Ruptura = (Itens sem estoque / Total de produtos na loja) x 100

Numa loja onde são vendidos 50 produtos e 5 deles estão indisponíveis, o índice de ruptura é de:

(5/50) x 100 = 10%

Claro que há diversos pontos a se considerar ao fazer um cálculo como esse. A entidade de resposta eficiente ao consumidor aqui do Brasil, a ECR (Efficient Consumer Response) Brasil, replicando a proposta da ECR França, sugere que sejam consideradas as seguintes diretrizes:

     – Itens sazonais (ex: itens natalinos, ovos de páscoa, itens para o carnaval) devem ser considerados no cálculo em seus respectivos períodos de venda;

    – Itens que foram descontinuados ou estão saindo de linha não entram no cálculo de índice de ruptura, já que não haverá reposição deles;

    – Novos itens cadastrados e lançamentos precisam ser incluídos no cálculo assim que as primeiras vendas em loja aconteçam;

    – Itens importados esporadicamente (ou seja, cuja venda não é contínua) não participam do cálculo de índice. Já os importados de venda contínua são considerados;

Efeitos da ruptura de estoque no seu negócio

A forma mais simples de identificar os prejuízos causados pela ruptura de estoque no seu negócio é descobrindo como os clientes reagem a isso;

O relatório “Retail Out-of-Stocks: A Worldwide Examination of Extent Causes and Consumer Responses” investiga quais são as principais respostas dos consumidores, quando se deparam com a falta de produtos nos PDVs.

Quando o cliente não encontra o que quer nos PDVs:

    – 9% deixam de comprar o produto;

    – 15% adiam a compra;

    – 19% encontram um substituto da mesma marca;

    – 26% encontram um substituto da concorrência;

    – 31% compram o item em outra loja;

Assim, vemos o quanto a ruptura de estoque é prejudicial em todas as frentes do negócio. A indústria pode ter sua marca desvalorizada, o varejo perde vendas nas lojas, e o cliente fica sem seu produto.

Depois de falar um pouco sobre o que é, os tipos, como quantificar, e quais as possíveis consequências da ruptura de estoque, vamos tratar do ponto mais importante deste artigo:

Como evitar a ruptura?

Em primeiro lugar, como já falamos, a ruptura de estoque aponta para falhas em planejamento e em comunicação entre indústria e varejo. É necessário identificar quais as causas da ruptura para que seja possível trabalhar com eficácia em resolver esses problemas. Abaixo, separamos algumas dicas para você:

        1) Acompanhar de perto os dados de sell-out:

Sell-out é quando o consumidor faz a compra no PDV. Ao acompanhar de perto esses dados, indústria e varejo ficam sabendo quais produtos tem maior e menor giro e quais necessitam de mais atenção na produção. Além disso, também podem planejar melhor a compra de matéria prima.

       2) Tecnologias especializadas para os seus processos:

Para lidar com gestão de estoque, existem diversos processos e dados a serem considerados. Automatizando essas etapas torna-se mais difícil cometer erros no gerenciamento, além de aumentar a produtividade em todas as etapas do negócio.

       3) Elaboração de relatórios para acompanhar os fluxos de abastecimento e vendas:

Assim, torna-se possível prever momentos de ruptura e evitá-los, tendo um panorama concreto de como anda o seu negócio, e acompanhando de perto as variações do mercado.

Conclusão:

Agora, sabe o que essas dicas têm em comum?

Todas elas envolvem processos que são muito facilitados com o auxílio de um sistema ERP, como o sistema IN4 ERP.

Com dados centralizados e atualizados, todos os colaboradores de seu negócio podem ter acesso a essas informações, e utilizá-las para aprimorar a gestão de estoque dentro da sua empresa.

Assim, os momentos de ruptura são evitados, bem como os prejuízos dentro do seu negócio.

Quer saber mais? Pode contar conosco. Entre em contato conosco e te mostraremos o porquê a IN4 tem o que você precisa.

Posts Similares

Story