ESG e Inovação entenda o que é e como começar.

ESG e Inovação: a sua empresa já implementou as práticas?

Nos últimos anos, o tema da ESG (Environmental, Social, and Governance) tornou-se uma das principais pautas no mundo dos negócios e da economia global.

À medida que a conscientização sobre os desafios ambientais, sociais e de governança se expande, as empresas estão percebendo cada vez mais que a integração desses princípios em suas estratégias é essencial não apenas para a sustentabilidade a longo prazo, mas também para a inovação e o sucesso nos mercados competitivos.

Neste contexto, a relação entre ESG e inovação emerge como uma das áreas mais dinâmicas e transformadoras no cenário empresarial atual.

Neste post, abordaremos a interseção entre ESG e inovação, destacando como a adoção de práticas sustentáveis e socialmente responsáveis não só impulsiona a criatividade e a eficiência, mas também atende às demandas crescentes dos consumidores e investidores por empresas comprometidas com um mundo mais justo e sustentável.

O que é ESG e como surgiu?

Primeiramente, saiba que ESG e sustentabilidade não são o mesmo assunto, apesar de estarem relacionados. ESG significa Environment, Social Responsibility e Governance ou meio ambiente, responsabilidade social e governança, em português.

Nos 80, o termo Desenvolvimento Sustentável começa a ser usado com frequência. Seu conceito envolve a criação de qualquer produto, item ou serviço que não comprometa as necessidades das futuras gerações. 

Já na década de 90, a Conferência ECO-92 promoveu os primeiros passos para a criação do desenvolvimento econômico junto com a preservação ambiental. Inclusive, foi assim que surgiu o Acordo de Paris.

O que é esg.

No outro lado da moeda tem a responsabilidade social no âmbito empresarial. Dessa vez, o surgimento se deu em 1970, mas somente entre 1990 e 2000 é que o tema começou a ser considerado essencial para a atuação das empresas, considerando as necessidades que vão além dos clientes e acionistas.

Já a governança firma regras para tanto administradores, quanto acionistas tenham seus interesses pautados na transparência, equidade e responsabilidade corporativa.

Governança e sustentabilidade andam juntas

De acordo com uma pesquisa da EY, investidores de grandes empresas estão sempre contando com o ESG na procura por dados para apoiar o processo de tomada de decisão, e assim serem mais certeiros. O foco aqui é na governança, direitos humanos e mudanças climáticas.

Com a utilização desse parâmetro, há investimentos que podem ser mais lucrativos. Sabe por quê? Os critérios de ESG informam aos investidores tudo que precisam saber sobre as companhias onde o capital foi ou será alocado. 

Ou seja, as metas ambientais estreitam o relacionamento entre empresa e responsabilidade do uso dos recursos naturais no presente e no futuro.

As métricas sociais também possuem papel fundamental na compreensão dos riscos e preocupações em relação aos direitos humanos. Isso inclui relações trabalhistas, como a empresa lida com a comunidade e seus clientes. 

Sendo assim, as organizações que prezam pela boa governança são vistas como mais confiáveis e menos propensas à corrupção. 

O ESG e inovação no Brasil

O ESG é um termo progressivamente comum na indústria. No mercado financeiro, por exemplo, há estímulos para mensurar impactos causados no meio ambiente e na sociedade, visando os princípios de governança corporativa.

Cervejaria Ambev já anunciou novas metas ambientais para 2025. A dona das marcas Skol, Brahma, Antarctica, Budweiser e Stella Artois anunciou em 2018 as metas que almeja alcançar até o ano de 2025.

São elas:

  • Ações climáticas: 100% da eletricidade comprada deve vir de fontes renováveis, além de reduzir em 25% as emissões de carbono nas fábricas e transporte de produtos;
  • Gestão de água: o objetivo é melhorar a disponibilidade e qualidade da água para 100% das comunidades em áreas de alto estresse hídrico onde a cervejaria se relaciona;
  • Agricultura inteligente diz que 100% dos agricultores parceiros devem estar treinados, conectados e com uma boa estrutura financeira para desenvolver o plantio sustentável;
  • Embalagem circular na qual 100% dos produtos da Ambev devem estar em embalagens retornáveis ou que sejam feitas de materiais recicláveis.

Essas metas foram definidas a partir das necessidades que o país enfrenta para minimizar a degradação do meio ambiente. Isto é, há uma grande preocupação quanto a mudança climática, já que é o principal problema no mundo, impactando os recursos naturais disponíveis para as próximas gerações.

Tendo em vista que algumas indústrias são as que mais poluem, quem pratica o ESG já está exercendo um papel fundamental.

ESG e sustentabilidade.

Mesmo que a Ambev tenha um plano sólido, o ESG no Brasil ainda está em seu estágio inicial. O motivo? As áreas responsáveis pelo tema são pouco desenvolvidas ou nem existem.

Por isso, o ideal é pensar como um investidor estrangeiro com interesse nas empresas brasileiras para assim entender a preocupação de se investir no nosso país. É comum que investidores estejam sempre atentos às reputação e possíveis escândalos de corrupção.

Consequentemente, a principal área de interesse se torna a governança corporativa. Sem ela, o risco de alocar capital no negócio é enorme. Um administrador com essa percepção consegue entender a importância de aplicar metas, sejam elas ambientais e/ou sociais, para garantir a confiança de investidores.

A promessa é que até o ano que vem os temas ambientais e sociais se tornarão ainda mais importantes para as empresas brasileiras. Inclusive, devemos lembrar que com a grande crise sanitária do coronavírus, o ESG e seus parâmetros passam a ser ainda mais necessários para qualquer segmento, seja para negócios de médio ou grande porte.

E quanto ao resto do mundo?

Por muito tempo o G em ESG era relacionado ao aspecto financeiro juntamente a ética e o lucro. Porém, hoje em dia esse pensamento mudou — vemos que indicadores internos medidores dos aspectos de governança se mostram mais rígidos. Sendo assim, o número de questões ambientais e sociais reportadas pelas empresas aumentaram.

Há alguns anos, empresas ao redor do mundo listadas na Bolsa de Nova Iorque produziram seus relatórios ESG, como parte do processo para estarem listadas por lá. Com os anos, novas regras vão surgindo.

Em 2022, houve o anúncio da nova proposta de que os listados nas  bolsas de Nova Iorque devem divulgar  suas emissões de gases de efeito estufa e outros impactos climáticos.

Dessa forma, os reguladores podem responder às grandes demandas dos investidores por informações de ESG, que passaram a ser padronizadas e associadas ao desempenho financeiro das organizações.

Tem também as diretrizes dos Relatórios Não-Financeiros da União Europeia. Elas passaram a obrigar empresas que operam nos estados membros a declarar suas estratégias de proteção ambiental, responsabilidade social e gestão de pessoas. O objetivo é garantir o cumprimento dos direitos humanos básicos, combate à corrupção e poluição do meio ambiente.

Além disso, Singapura introduziu diretrizes para a criação do relatório anual de sustentabilidade com políticas, práticas, desempenhos, metas e declaração dos conselhos de administração — unicamente voltado para o ESG.

O ESG e inovação na sua indústria.

Algumas boas práticas de ESG, para adotar na sua empresa, incluem:

  • Investir em energias renováveis, como o uso de placas solares;
  • Reduzir as emissões de gases de efeito estufa;
  • Diminuir a geração de lixo não reciclável;
  • Desenvolver estratégias para o gerenciamento do lixo, como reciclagem e descarte consciente;
  • Extinguir o processo de descarte de substâncias tóxicas pela água;
  • Elaborar medidas para prevenir acidentes de trabalho e gestão de riscos.
  • Dar atenção a comunidade local com a criação de projetos sociais;
  • Estimular o desenvolvimento intelectual e consciência ambiental dos funcionários por meio de palestras, ações sociais, treinamentos e certificados;
  • Atuar com ética e transparência no âmbito interno e externo;
  • Criar ações de combate à corrupção.

A sua empresa já segue esses pontos? Se sim, a adoção dos outros pilares do ESG já está encaminhada, não é mesmo?

Como um ERP para ajudar no ESG e inovação

Um sistema de ERP (Enterprise Resource Planning) desempenha um papel fundamental no impulsionamento das iniciativas de ESG (Environmental, Social, and Governance) e inovação nas organizações modernas.

Primeiramente, um ERP eficaz oferece uma visão holística das operações da empresa, permitindo uma gestão mais eficiente dos recursos e processos. Isso não apenas reduz o desperdício e os custos operacionais, mas também contribui para a sustentabilidade ambiental, à medida que as empresas podem monitorar e otimizar seu consumo de recursos, como energia e matéria-prima.

Como um ERP para ajudar no ESG e inovação.

Além disso, a integração de dados em um sistema ERP permite a coleta e análise de informações relevantes sobre o desempenho da empresa em relação aos critérios ESG. Isso ajuda as organizações a definirem metas de sustentabilidade, medir seu progresso e relatar de forma transparente aos stakeholders e investidores, demonstrando um compromisso real com a responsabilidade social corporativa.

No contexto da inovação, um ERP proporciona uma base sólida para a adoção de novas tecnologias e práticas de negócios.

Com informações precisas e atualizadas, as empresas podem identificar oportunidades de melhoria, implementar mudanças com mais agilidade e tomar decisões estratégicas baseadas em dados. Isso é essencial para a inovação, uma vez que a capacidade de resposta rápida às mudanças do mercado é crucial para o sucesso nos dias de hoje.

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