Dicas para reduzir os impostos na sua empresa

Quando se contabiliza uma alta carga tributária, a preocupação de quem administra é em baixá-la para manter a boa saúde da empresa. Isto é, reduzir os impostos deve ser prioridade para qualquer negócio a fim de maximizar lucros e minimizar custos. 


Você sabia que o Brasil é o segundo país que mais aplica tributos às empresas, dentre 111 países? Esse levantamento foi feito pelo CupomValido.com.br e mostra a necessidade de aplicarmos medidas para preservar o lucro do negócio.


No entanto, saiba que a prática não deve ser feita de maneira arbitrária ou ilegal, mas sim por meio de estratégias legais e eficientes. No artigo a seguir, mostraremos as melhores maneiras de reduzir a carga tributária da sua empresa, bem como o impacto positivo que essas medidas podem ter em sua lucratividade.

Escolha o regime tributário adequado

A primeira estratégia pode até ser simples, mas faz muita diferença. Estamos falando da escolha do regime tributário adequado. No Brasil, há três regimes tributários principais: 

  • Simples Nacional
  • Lucro Real
  • Lucro Presumido


Cada um possui suas próprias regras e alíquotas de impostos, e a escolha errada do regime pode ser a razão dos altos gastos nesse departamento.


Detalhando, o Simples Nacional é um regime tributário simplificado. Ele é destinado a micro e pequenas empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, de acordo com a alíquota de 2023. 


Nesse regime, pagamos os impostos em uma única guia, com alíquotas que variam de acordo com a atividade da empresa e seu faturamento. Esse sistema é vantajoso para margens de lucro menores, como uma barbearia de bairro, por exemplo, pois as alíquotas são menores do que as dos outros regimes.


Já o Lucro Real apresenta uma complexidade maior, no qual os impostos são calculados com base no lucro efetivo da organização. Ele é obrigatório quem conta com faturamento anual acima de R$ 78 milhões. A vantagem aqui é a dedução de algumas despesas. 


Por último, o Lucro Presumido apresenta-se como intermediário, O pagamento da taxação é calculado com base em uma margem de lucro presumida, a qual é definida por lei. 

Apoie-se nos incentivos fiscais

Seguindo o ponto anterior, outra estratégia para para aplicar na sua empresa é o uso de incentivos fiscais. Eles são benefícios concedidos pelo governo a empresas que realizam determinadas atividades ou investimentos. As vantagens vão desde incluir isenção ou redução de impostos, créditos fiscais e outras.


Vários setores podem participar, como indústria, comércio e serviços. Exemplos de incentivos fiscais incluem:

  • Lei do Bem, para a dedução de até 30% dos gastos com pesquisa e desenvolvimento do IRPJ (Imposto de Renda — Pessoa Jurídica) e da CSLL (Contribuição Social sobre o Lucro Líquido);
  • Lei Rouanet capta recursos para projetos culturais por meio de renúncia fiscal;
  • Lei de Incentivo ao Esporte, quando empresas patrocinam projetos esportivos. Com ela, pode-se deduzir até 1% do valor do imposto devido pelas pessoas jurídicas e 6% pelas pessoas físicas;
  • Lei do audiovisual focada em investimentos para produzir filmes nacionais e independentes.


Para saber mais sobre esse tipo de redução, conheça o Portal do Incentivo.


No entanto, devemos ressaltar que a utilização dessa estratégia deve ser feita de maneira responsável e planejada. Assim, evita-se problemas com o fisco e garantir que a empresa esteja realizando as atividades —  que são objeto dos incentivos. Além disso, não deixe de avaliar se o benefício fiscal vale o investimento para a realidade da sua empresa.

Atente-se para o planejamento tributário

Planejar deve ser sempre uma prioridade para o negócio. Na parte contábil e tributária não é diferente. O planejamento nesse departamento consiste na análise detalhada da situação fiscal e atual, para identificar oportunidades e reduzir custos.


Sendo assim, pode ser realizado por profissionais do direito tributário e contabilidade, avaliando diversos fatores, como:

  • O regime tributário ideal;
  • Incentivos fiscais disponíveis;
  • Despesas dedutíveis;
  • Entre outros.


Com base nisso, propõe-se medidas para viabilizar a redução. O plano de ação pode ser a reestruturação de operações, escolha de fornecedores com preços mais competitivos e utilização de benefícios fiscais.


Lembre-se: sempre passe por esse processo de maneira ética, dentro dos limites legais. A evasão fiscal é crime, podendo resultar em penalidades severas. Seu negócio não quer passar por multas, sanções administrativas e até mesmo processos criminais, correto?

Já considerou utilizar regimes aduaneiros especiais?

Uma medida também usada é a de regimes aduaneiros especiais, além de investimentos em infraestrutura e ações para evitar a bitributação. Vamos por partes.


Primeiro, os regimes aduaneiros especiais são benefícios concedidos pelo governo para aqueles que realizam operações de comércio exterior. Eles permitem importar insumos e matérias-primas com redução ou isenção de impostos, algo que pode reduzir significativamente os custos da empresa.


Já os investimentos em infraestrutura geram benefícios fiscais para a empresa, como a dedução de gastos com construção e manutenção de instalações, equipamentos e veículos.


A bitributação ocorre quando um mesmo produto ou serviço passa por dupla tributação pelo mesmo ente federativo, ou por entidades diferentes. O problema aqui é o aumento de custo para o negócio, que é refletido no consumidor final. Além disso, diminui-se a competitividade das empresas.


Para evitar essa situação, as leis e fiscalização devem ser bem definidas. Torna-se essencial a coordenação entre os órgãos governamentais, a fim de evitar conflitos na cobrança de impostos. O Poder Judiciário também é um aliado, sabia?

Considere aderir à sustentabilidade financeira

Uma última dica é: adotar a sustentabilidade financeira. É claro que ela ajuda a reduzir gastos com os impostos, mas esse não deve ser o único objetivo do seu negócio. A contribuição social e a sustentabilidade da empresa para com a sociedade também devem ser consideradas.


Sabe como? Pode-se contribuir gerando mais empregos, escolher usar matérias-primas que não agridem o meio ambiente e que possam ser devolvidas para a natureza. Além disso, é possível investir em educação e cultura. A empresa de lápis Faber Castell é um grande exemplo disso, sabia?


Medidas como essas são essenciais para garantir a continuidade das operações e a manutenção dos empregos. Por isso, deve-se buscar o equilíbrio entre a redução de impostos e a gestão financeira saudável.

Reduza o pró-labore

Essa é uma estratégia muito usada para reduzir os impostos, uma vez que esse tipo de remuneração está sujeita à tributação pelo Imposto de Renda (IR) e pela Contribuição Previdenciária (INSS).


Portanto:

  • Avalie a necessidade de ter um quadro pró-labore;
  • Repense o lucro variável, principalmente quando a empresa passa por dificuldades;
  • Reduza a carga horária, para que o valor seja proporcional às horas trabalhadas.

Por onde começar?

Os primeiros passos são os mais importantes, pois eles determinarão o sucesso da sua estratégia. Sendo assim, comece com análises detalhadas da situação atual da empresa em relação aos tributos que são pagos. 


A partir disso, identificamos os principais custos e as oportunidades de minimizá-los de maneira legal e eficiente. Lembre-se que todas as dicas do artigo formam um conjunto de ações para um mesmo benefício. 


Sabia que a tecnologia também é uma aliada para reduzir os impostos na sua empresa? Com programas de gestão integrados, é possível fazer análises detalhadas da situação real e identificar os gargalos. Conheça a In 4 ERP e saiba como podemos ajudar você. 

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