Black Friday no Brasil: como a data surgiu no país.
Campanha virou tradição nacional desde 2010 e é oportunidade valiosa de vendas para todos os negócios, inclusive para as indústrias no fim do ano.
Todos os anos o mês de novembro já é conhecido como o período no qual a Black Friday acontece em quase todo o mundo. No Brasil, não é diferente há mais de 10 anos.
A data tornou-se uma tendência fixa no mercado e ganhou a fidelidade dos consumidores brasileiros pelos descontos especiais, que geralmente são maiores, aplicados durante a campanha de vendas.
Os empresários apostam no destaque da Black Friday e lançam ofertas mais chamativas e que geralmente não são vistas em outros períodos do ano.
Assim, produtos como smartphones, TVs e outros ficam “mais em conta” e os brasileiros já estão cientes: se preparam, monitoram cuidadosamente todos os descontos e vão às compras (sobretudo online). Tornou-se um ritual anual.
O fenômeno comercial chegou ao Brasil em 2010. Na primeira edição da campanha, quando 50 lojas do varejo nacional resolveram lançar a tradição norte-americana com base no sucesso de vendas que provocava no exterior.
Nas edições seguintes, mais e mais empresas foram aderindo à Black Friday até que ela se tornou um evento indispensável e passou a desafiar o mercado a pensar em novas estratégias ano a ano.
Algumas delas envolvem um “esquenta”, que também podemos chamar de pré. Outras possibilitam que os interessados façam reservas exclusivas, estendem as ofertas por uma semana e por aí vai. O importante é se destacar.
Como surgiu no mundo?
A origem da Black Friday foi na Philadelphia, Estados Unidos, em 1960. Mais especificamente no dia seguinte ao feriado americano de Ação de Graças (conhecido em inglês como Thanksgiving Day), que acontece em 24 de novembro.
O feriado consiste em reunir a família, dar graças pelas bênçãos recebidas e é válido para todas as religiões.
A ligação da data com a campanha é que muitas pessoas passaram a chamar o dia seguinte ao Dia de Ação de Graças como Black Friday, porque as lojas saíam do vermelho, geravam lucro e passavam a estar no preto.
Nos Estados Unidos, estar no preto significa que a receita da empresa está positiva e que há um fluxo de vendas saudável. A transição acontecia, geralmente, com os ótimos resultados da Black Friday.
Contudo, não foi a primeira vez que o termo Black Friday foi usado pelo mercado americano. Originalmente, a história é um pouco mais complexa e não tinha ligação alguma com o ato de fazer compras.
Em 1869, Jay Gould e Jim Fisk, dois investidores, causaram um choque no mercado ao subir o preço do ouro. As consequências foram tão drásticas que o dia do ocorrido foi batizado como Black Friday.
Como resultado da empreitada, o mercado de ações caiu em 20%, o comércio com o exterior cessou e os fazendeiros testemunharam uma grande queda no valor do milho e do trigo.
A Black Friday como nós verdadeiramente conhecemos passou a existir em 1960, como citado acima. O termo foi “ressuscitado” e ligado ao comércio de forma positiva, se tornando sinônimo definitivo de rentabilidade por volta de 1980.
Como surgiu no Brasil?
Inspirada na campanha originada nos Estados Unidos, a Black Friday “aterrissou” em território brasileiro em 2010 – mas com um foco diferente.
Enquanto os lojistas americanos tentavam limpar o estoque das lojas com os itens que não foram vendidos, os brasileiros focavam nas vendas via e-commerce (venda de produtos online).
Em 2011, segundo ano da campanha, a previsão era vender cinco vezes mais — mas os resultados superaram todas as expectativas: mais de R$ 100 milhões foram conquistados.
A venda de produtos bateu, em 2019, mais de R$ 3,2 bilhões. Em 2020, no ano seguinte, o faturamento chegou a R$ 7,5 bilhões. Os dados são da Neotrust.
Por conta do sucesso arrebatador, lojas físicas e digitais passaram a incluir a Black Friday no calendário. Muitas delas consideram a data a maior do ano.
Por aqui, a Black Friday acontece sempre na última sexta-feira de novembro — assim como nos EUA, Canadá, México, Inglaterra, Argentina e outros.
Tendências dos consumidores brasileiros
Com base em estudos, mais de 85% dos consumidores pretendem parcelar suas compras. A preferência é dividir em até 6 vezes e gastar até R$ 2 mil.
Intenção de compra declarada por categoria:
- Moda: 48% (destaque na faixa etária 18-29 anos)
- Tecnologia: 44% (30-44 anos)
- Eletrodomésticos: 30% (30-65 anos)
- Beleza e cuidados pessoais: 30% (18-29 anos)
Um fator que os lojistas acreditam que vai potencializar ainda mais as vendas no período da Black Friday: pela primeira vez a campanha acontece durante a Copa do Mundo.
Ainda segundo dados da Neotrust, o e-commerce cresceu 4,3% em aquisição de produtos no segundo semestre de 2022 (comparado ao ano anterior, no mesmo período). O seu e-commerce está pronto para atender a alta demanda?
No quesito forma de pagamento, o cartão de crédito lidera como opção definitiva. Em seguida, vem a modalidade Pix.
A importância de deixar seu e-commerce pronto para a Black Friday
O seu negócio já conta com um e-commerce? Por meio da loja online, você pode analisar os padrões de comportamento e de compra dos seus consumidores de forma mais clara e rápida.
Não só isso, como também manter relacionamento com todas as pessoas que navegam no seu e-commerce.
Você pode pensar em formas de se comunicar com quem colocou itens no carrinho e não concluiu a compra, outras diferentes para quem compra mais produtos da categoria X e assim vai.
O aumento das vendas online no país não foi à toa. Com a pandemia da Covid-19, o comportamento dos consumidores mudou naturalmente e quem ainda não tinha familiaridade com essa forma de fazer compras, aprendeu e hoje opta por seguir esse mesmo processo.
A expectativa é que a tecnologia siga como forte aliada à Black Friday e que facilite ainda mais o ato de comprar sem sair de casa.
Prova disso é como a Inteligência Artificial (IA) já transformou a Black Friday, assim como a Cyber Monday (outra data também originada nos EUA e conhecida como segunda-feira cibernética no Brasil; ela acontece na segunda-feira após o Dia de Ação de Graças).
O uso de IA, especialmente com máquinas que aprenderam a ler e são alimentadas por Big Data (conjunto de informações presentes nos bancos de dados de servidores e empresas), mudou o jogo.
Por exemplo, no varejo, essa tecnologia tem dois usos: previsão de demanda e personalização de serviços.
- Previsão de demanda
Graças ao alto volume de dados gerados, que os varejistas capturam e analisam, é possível prever onde e com o quê as pessoas pretendem gastar dinheiro com mais exatidão que nunca.
- Personalização de serviços
Com base em análises de pesquisas efetuadas pelos consumidores, a ideia é prever o que o consumidor deseja comprar.
Aquelas sugestões “Você também pode gostar…” presentes nos e-commerces não são somente estruturadas com base nas suas compras anteriores, mas também com o que o varejista sabe sobre a sua idade, localização, preferências, estilo de vida e também vida familiar.
Relacionamento, consistência e atenção aos seus consumidores devem estar nas linhas de frente do seu negócio. Isso tudo se torna ainda mais fácil com o uso de ferramentas tecnológicas de gestão.
Elas vão aumentar o valor da sua marca aos olhos dos clientes e possíveis clientes, como também vão garantir que seu e-commerce esteja otimizado, de fácil navegação e com um bom design tanto para desktop como para mobile e outras formas de visualização.
Sendo assim, garanta que sua empresa está pronta para usufruir a data de forma máxima. Conheça o software e o time da IN4!