O que é Gerenciamento de Inventário?

Já reparou na quantidade de produtos e materiais sendo transportados em um único ano? Tanto para empresas focadas no consumidor final, quanto para quem é do B2B, o gerenciamento de inventário é um desafio para qualquer administrador. 


Só para se ter uma ideia, o e-commerce aqui no Brasil registrou um faturamento total de mais de R$182 bilhões em 2021, segundo a Ebit Nielsen (empresa que mede a relevância das lojas virtuais brasileiras).


Nesse contexto, é preciso estar antenado e saber como realizar um bom gerenciamento de inventário para alavancar os lucros e a produtividade da equipe. Mas, como fazer isso utilizando boas práticas? 


Primeiramente, é preciso entender o conceito, os tipos e até a diferença entre gerenciamento e controle de inventário. E tem mais: bons profissionais estudam o futuro daquilo que procuram ser especialistas e o resultado a longo prazo de uma implementação desse tipo.


Então, se esse é o seu caso, que tal se aprofundar mais no assunto com o artigo a seguir? 

O conceito de gerenciamento de inventário

O gerenciamento de estoque é caracterizado pela abordagem sistemática a fim de suprir, armazenar e vender o estoque, os quais estão presentes nos armazéns ou lojas. Isso contempla tanto matéria-prima, quanto produtos acabados, chamados produtos PA.


Ou seja, é uma estratégia de rastreamento de produtos à medida que eles saem dos fornecedores, são produzidos e chegam aos armazéns como estoque disponível.


Um gerenciamento de inventário certeiro significa que o estoque presente está nos níveis corretos, no lugar certo, no momento certo, pelo custo e pelo preço correto. 

A importância para a indústria 

Se o inventário já é importante para a empresa, imagina o gerenciamento dele? Isso porque, muitas vezes, essa é a conexão entre negócio e clientes. Sem produtos disponíveis, a insatisfação do consumidor é certa. Por outro lado, o estoque encalhado custa caro. 


Há três pontos principais que ajudam a explicar a importância de um bom gerenciamento de inventário. São eles:

  1. Simplificação

Ter um estoque com um grande volume, ou não, eis a questão. A falta e o excesso são problemas graves e capazes de gerar problemas a curto e longo prazo. Com um controle eficiente, é possível simplificar processos e possuir a quantidade ideal de inventário. 

    2. Satisfação do cliente 

Essa expressão é mais antiga que a invenção da lâmpada: o cliente vem em primeiro lugar. A capacidade de mantê-lo satisfeito com entregas no prazo causa um impacto positivo. 


A satisfação do cliente vale para o B2C e também B2B. Isso porque esses clientes têm seus próprios prazos e metas para gerenciar. Portanto, caso não tenha o produto que pediram, eles podem ficar no prejuízo. 

     3.  Alavancar o crescimento da empresa

À medida que uma empresa cresce, o tamanho e a complexidade do inventário também crescem. Com uma base maior de clientes, pode ser que novos processos sejam necessários e o gerenciamento de inventário é ideal para identificar essa necessidade e implementá-la eventualmente. 

Existe diferença entre gerenciamento de inventário e controle de inventário

Muitas vezes gerenciamento e controle podem ser sinônimos. Neste caso, não. Veja bem, o controle de inventário é um subconjunto do gerenciamento de inventário, ou seja, é uma peça dentro do quebra-cabeça. 


O controle de inventário organiza o estoque, viabilizando a redução de tempo nos processos, para torná-lo mais eficiente. Já o gerenciamento entra em ação muito antes do controle de inventário, pois incorpora os ângulos do inventário (fabricação, supply chain, vendas e análises). 


Nesse contexto, saiba que ter um gerenciamento de inventário eficaz torna-se um pré-requisito para um bom controle.

Vocabulário do gerenciamento de inventário

Para quem ainda não implementou o gerenciamento de estoque na empresa, aqui estão alguns termos mais comuns:

  • Mercadorias acabadas e para venda
  • Mercadorias para MRO (Maintenance, Repair and Operating): Traduzindo, são mercadorias para manutenção, reparo e operação e não estão à venda, mas fazem parte do processo de fabricação de outro produto
  • Matérias-primas: esse é o inventário essencial para a fabricação de mercadorias acabadas
  • Estoque de segurança: como o nome sugere, é um inventário acabado, porém adicional que é mantido nos armazéns para casos de escassez do fornecedor ou aumento inesperado de demanda
  • Trabalho em andamento: são produtos ainda não acabados e que provavelmente estão aguardando o próximo processo para finalizar a fabricação dos mesmos.
  • Leitor de códigos de barras
  • Custo dos produtos vendidos (CPV): são os custos associados à produção dos bens.
  • Deadstock (Estoque morto): produtos que nunca foram vendidos
  • Quantidade econômica da ordem (QEO): o termo é usado para quando você vai reordenar materiais, levando em consideração a demanda e os custos de manutenção de estoque
  • Custos de manutenção ou custo de transporte são os custos de armazenamento de estoque até que seja vendido
  • Custos no destino estão relacionados com a remessa, armazenamento, taxas de importação, impostos e outros custos do transporte e compra de estoque
  • Tempo de espera: tempo que o fornecedor leva para entregar as mercadorias depois que um pedido é feito
  • Gerenciamento de pedidos: área de recebimento de pedidos, processamento de pagamentos, e também atendimento e rastreamento
  • Documento comercial (para quem é B2B): é feito entre um fornecedor e um comprador com o tipo, quantidades e preços dos produtos e serviços
  • Inventário de pipeline: entendido como qualquer inventário ativo na cadeia de suprimentos de uma empresa 
  • Unidade de manutenção de estoque (SKU): é um código de rastreamento exclusivo para cada um de seus produtos, com especificações de estilo, tamanho, cor e outros.
  • Logística de terceiros: quando um provedor externo é utilizado para lidar com a armazenagem, atendimento, expedição ou qualquer outra operação.
  • Variante: versão de um produto já existente

Boas práticas de gerenciamento de inventário

Boas práticas são sempre bem-vindas para realizar um bom trabalho de gerenciamento na sua empresa.

  1. Aposte na tecnologia para a criação de fontes de dados em tempo real

Hoje, há softwares de gerenciamento de inventário no mercado que são capazes de fornecer informações em tempo real sobre os processos e situação do inventário. A melhor alternativa é manter todas essas informações na nuvem para fácil localização e análise.

    2.  A demanda deve determinar o inventário

Pense bem: se um produto da sua loja é o mais vendido, porque não manter um estoque maior deste item? Para maior eficiência, o produto deve determinar o inventário.

    3.  Soluções móveis são uma boa opção

Estamos falando em código de barras, por exemplo. Elas podem tornar o processo muito mais simples e dinâmico, pois permite que os colaboradores digitalizem os produtos e façam upload das quantidades de inventário para um banco de dados principal.

    4.  Mantenha um estoque de segurança

Lembra que falamos sobre isso anteriormente? Dessa forma, você evita a escassez de produtos e também consegue suprir um aumento de demanda. Isso evita falhas no processo de produção devido às demandas de última hora.

O futuro do gerenciamento de inventário

Podemos esperar um futuro promissor para a logística e supply chain. Com soluções em nuvem e cada vez mais avançadas, pode-se esperar insights significativos sobre o desempenho dos processos de produção e futuras falhas antes de ocorrerem. 


Aqui estão 3 motivos para você acreditar no futuro do gerenciamento de inventário:

   1.   Com a inteligência artificial, o monitoramento de inventário reduzirá o desperdício de material. 

 
  2.  Com a Internet das Coisas, ou IoT, os dispositivos conectados à internet fornecem insights em tempo real sobre o inventário. 

  3.   Já com o Blockchain, as diferentes partes dos processos podem ser conectadas por meio de um registro das transações que é imutável e unificado.


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